Em 13 de maio de 2025, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos cancelou formalmente o Marco para Difusão de Inteligência Artificial da administração Biden, encerrando meses de oposição de grandes empresas de tecnologia e parlamentares republicanos.
A política agora revogada, apresentada pelo ex-presidente Joe Biden em janeiro, teria criado restrições globais sem precedentes à exportação de chips avançados de IA. O plano dividia os países em três categorias, com diferentes níveis de acesso a semicondutores de ponta de empresas como Nvidia e AMD. Enquanto 17 países e Taiwan teriam acesso irrestrito, cerca de 120 nações enfrentariam cotas rigorosas, e países como China e Rússia continuariam sob restrições severas.
"A regra de IA de Biden é excessivamente complexa, burocrática e sufocaria a inovação americana", declarou uma porta-voz do Departamento de Comércio. "Vamos substituí-la por uma regra muito mais simples, que libere a inovação dos EUA e garanta a dominância americana em IA."
A decisão representa uma vitória significativa para fabricantes de chips como a Nvidia, cujas ações subiram após o anúncio. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, já havia alertado que a exclusão dos mercados globais de IA seria uma "perda tremenda" para as empresas americanas. Em comunicado, a Nvidia elogiou a "liderança e nova direção da administração em relação à política de IA", acrescentando que, com a revogação da regra, "os EUA terão uma oportunidade única de liderar a próxima revolução industrial".
Embora detalhes específicos sobre a nova política ainda não estejam claros, fontes indicam que a administração Trump deve priorizar negociações bilaterais diretas com países individuais, em vez de restrições generalizadas. A expectativa é de que sejam mantidos controles rigorosos sobre a China, ao mesmo tempo em que se abrem possibilidades para acordos específicos com outros países.
O senador Ted Cruz (republicano do Texas), que se opôs à regra original, anunciou planos de apresentar um projeto de lei para criar um "sandbox regulatório de IA", inspirado em abordagens utilizadas nos primórdios da internet. A mudança de política ocorre em meio a debates contínuos sobre como equilibrar preocupações de segurança nacional com a posição competitiva dos EUA no cenário global de IA em rápida evolução.