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Diferença entre EUA e China em IA Diminui Drasticamente no Índice de Stanford 2025

O Instituto de Inteligência Artificial Centrada no Humano da Universidade de Stanford publicou o seu abrangente Relatório do Índice de IA 2025, revelando que a diferença de desempenho entre os principais modelos de IA dos EUA e da China diminuiu para apenas 1,70% em fevereiro de 2025, face aos 9,26% registados em janeiro de 2024. A análise, com mais de 400 páginas, destaca ainda que muitos benchmarks de IA estão agora 'saturados', uma vez que os sistemas atingem pontuações tão elevadas que as métricas já não permitem uma diferenciação significativa. Esta mudança assinala uma transformação relevante no panorama global da competição em IA, com os modelos chineses a aproximarem-se rapidamente das capacidades dos EUA.
Diferença entre EUA e China em IA Diminui Drasticamente no Índice de Stanford 2025

O mais recente Relatório do Índice de IA da Universidade de Stanford revela uma reconfiguração dramática do panorama global da inteligência artificial, com a China a encurtar rapidamente a diferença de desempenho face aos Estados Unidos no desenvolvimento de sistemas avançados de IA.

A oitava edição deste relatório de referência, produzida pelo Instituto de Inteligência Artificial Centrada no Humano (HAI) de Stanford, mostra que, embora as instituições sediadas nos EUA continuem a liderar em quantidade — produzindo 40 modelos de IA de destaque em 2024, contra 15 da China —, a diferença em termos de qualidade diminuiu substancialmente. Em benchmarks importantes como o MMLU (Massive Multitask Language Understanding) e o HumanEval, a diferença de desempenho entre os principais modelos dos EUA e da China caiu de valores percentuais de dois dígitos em 2023 para quase paridade em 2024.

Talvez o dado mais impressionante seja a comparação direta: em janeiro de 2024, o melhor modelo dos EUA superava o melhor modelo chinês em 9,26%, mas em fevereiro de 2025 essa vantagem reduziu-se para apenas 1,70%. Entretanto, a China continua a dominar em publicações e patentes de IA, representando quase 70% de todas as concessões de patentes de IA a nível mundial.

O relatório destaca ainda uma tendência preocupante na avaliação de IA: muitos benchmarks tornaram-se 'saturados', já que os sistemas de IA atingem pontuações tão elevadas que as métricas deixam de diferenciar eficazmente os modelos. Esta saturação verifica-se em vários domínios, incluindo conhecimento geral, raciocínio sobre imagens, matemática e programação, obrigando os investigadores a desenvolver quadros de avaliação mais exigentes.

Para além da competição entre EUA e China, o relatório documenta tendências globais mais amplas: a IA está a tornar-se mais eficiente e acessível, com os custos de inferência para modelos de alto desempenho a caírem 280 vezes em apenas 18 meses. No entanto, os incidentes relacionados com IA aumentaram 56,4% em 2024, sublinhando a necessidade crescente de salvaguardas responsáveis à medida que estas tecnologias se tornam mais generalizadas.

As conclusões sugerem que o panorama internacional da IA está a entrar numa nova fase de competição intensificada, com implicações significativas para a liderança tecnológica, vantagem económica e segurança nacional nos próximos anos.

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