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Computação Quântica Alcança Aceleração Exponencial Histórica

Investigadores demonstraram a primeira vantagem quântica exponencial incondicional utilizando os processadores Eagle de 127 qubits da IBM, marcando um momento decisivo para a computação quântica. Esta descoberta, publicada na Physical Review X, prova que computadores quânticos podem superar definitivamente os sistemas clássicos sem pressupostos teóricos. Entretanto, a Google revelou o AlphaGenome para análise de ADN e a Microsoft anunciou 9.000 despedimentos apesar de comprometer 80 mil milhões de dólares em infraestruturas de IA.
Computação Quântica Alcança Aceleração Exponencial Histórica

Uma equipa liderada pelo professor Daniel Lidar, da USC, alcançou aquilo a que os especialistas chamam o "Santo Graal" da computação quântica: a primeira aceleração exponencial incondicional face aos computadores clássicos. Utilizando os processadores quânticos Eagle de 127 qubits da IBM, os investigadores demonstraram este avanço ao resolver uma variação do problema de Simon, considerado um precursor do algoritmo de factorização de Shor.

Os resultados, publicados na Physical Review X a 5 de junho de 2025, representam uma mudança fundamental nas capacidades práticas da computação quântica. "Uma aceleração exponencial é o tipo mais dramático de aceleração que esperamos ver nos computadores quânticos", explica Lidar, que é também cofundador da Quantum Elements, Inc.

Ao contrário de afirmações anteriores que exigiam pressupostos não comprovados sobre algoritmos clássicos, esta conquista é considerada "incondicional" – o que significa que a vantagem do desempenho quântico não pode ser contestada ou revertida. Os investigadores implementaram técnicas sofisticadas de correção de erros, incluindo desacoplamento dinâmico e mitigação de erros de medição, para obter resultados fiáveis apesar do ruído inerente aos sistemas quânticos atuais.

Noutros desenvolvimentos significativos em IA, a Google DeepMind apresentou o AlphaGenome, um novo e poderoso modelo de IA para análise de sequências de ADN. O sistema consegue processar até um milhão de letras de ADN em simultâneo e prever milhares de propriedades moleculares à resolução de um único par de bases. Disponível via API para investigação não comercial, o AlphaGenome pretende esclarecer como as variações genéticas afetam a regulação génica e os mecanismos das doenças.

"Este é um dos problemas mais fundamentais, não só na biologia — em toda a ciência", afirmou Pushmeet Kohli, responsável pela área de IA para a ciência na Google DeepMind. O modelo baseia-se no trabalho anterior da DeepMind em genómica e complementa o AlphaMissense, especializado em regiões codificantes de proteínas.

Entretanto, a Microsoft anunciou a 2 de julho que irá eliminar 9.000 postos de trabalho a nível global, representando quase 4% da sua força laboral. Isto segue-se a cortes anteriores de 6.000 posições em maio, elevando o total de despedimentos em 2025 para mais de 15.000. As reduções surgem numa altura em que a Microsoft comprometeu 80 mil milhões de dólares em despesas de capital para o ano fiscal de 2025, focando-se principalmente no desenvolvimento de infraestruturas de IA.

O momento reflete um desafio mais amplo enfrentado pelas empresas tecnológicas, que procuram equilibrar investimentos massivos em IA com a otimização da força de trabalho. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, referiu recentemente que até 30% do código da empresa já é escrito por ferramentas de IA, sinalizando uma transição para operações mais automatizadas.

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